A facilidade de acesso, o custo reduzido e o baixo risco fazem da poupança a forma de investimento mais popular do Brasil. As instituições financeiras não perdem tempo em ampliar cada vez mais a oferta e os supostos benefícios aos usuários dessa modalidade.
A aplicação ficou tão famosa que hoje se confunde o verbo poupar -guardar capital para reinvestir ou simplesmente mantê-lo- com o substantivo poupança, que nomeia esse instrumento disseminado no mercado.
Apesar da liquidez permanente, que permite ao cliente fazer retiradas a qualquer momento, e da baixa incerteza em relação à rentabilidade, a poupança não se mostra um investimento interessante e na realidade seu retorno fica bem abaixo do de outras ferramentas com risco similar.
Com 6,17% anuais fixos acrescidos da TR (taxa referencial), a modalidade mal chega a ultrapassar a inflação, prevista para 6,33% neste ano segundo o último relatório Focus, de 26 de setembro de 2014, podendo provocar, em alguns períodos, perdas do poder de compra do investidor.
Desta forma, se a pretensão é acumular o capital em aplicações para uso no futuro, como a aposentadoria, outras ferramentas financeiras de baixo risco e retorno maior devem ser consideradas. Dentre as principais opções que compõem esse conjunto, estão os CDBs, o Tesouro Direto e as letras de crédito.
Os CDBs de bancos comerciais de grande porte remuneram até 102% do CDI, variando de acordo com o prazo e o montante aplicados, estando bem acima dos pagamentos da poupança. Como custo, paga-se IR, de 22,5% a 15% dependendo o prazo do investimento.
Já no Tesouro Direto, o retorno é ao redor de 5,5% acima da variação do IPCA, garantindo o poder de compra no longo prazo para o investidor. Os custos incorridos são o próprio IR, 0,3% médio de custódia e taxas administrativas, as quais não são praticadas por algumas corretoras.
Por fim, as letras de crédito, também atreladas ao CDI, mas sem cobrança de IR, são opções com rentabilidade superior à da poupança, apesar de em algumas situações não serem tão vantajosas como CDBs e títulos do Tesouro.
Para minimizar ainda mais o risco que já é bastante pequeno em todas as ferramentas citadas, pode-se optar por diluir a aplicação em duas ou mais que se adequem melhor ao perfil do investidor e ofereçam diferentes retornos.
Fonte: Folha Online