Balanço da Copa do Mundo 2014 para as empresas

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“Não vai ter Copa!” dizia uma metade. Foram eles que saíram perdendo? “Teve Copa!” Dizem outros. Mas levaram vantagem? O que realmente aconteceu nesse mês e pouco, o que ganhamos, o que perdemos?

Não há dúvidas de que o Brasil surpreendeu, de uma lado pelo fracasso da campanha da seleção de futebol brasileira, mas por outro, pela suficiência, e, por que não dizer, sucesso em sediar um grande evento esportivo. Não houve o tão alegado caos nos aeroportos, e no geral, tudo correu bem e fomos elogiados por turistas e chefes de governo que aqui estiveram. Muito do pessimismo e do ceticismo cederam, mesmo que alguns não queiram admitir.Mas e como tudo correu para as micro, pequenas e médias empresas?

Os setores aeroviários e ligados ao turismo e hotelaria, obviamente, foram os mais agraciados, além de deixarem um certo legado para a população (ainda que só o futuro possa demonstrar se esse legado é verdadeiro e duradouro), com terminais mais amplos e modernos, modernização de infraestrutura, em empresas maiores e até empresas domésticas, o que valida a frase: “não se sabe do que se é capaz até que se seja obrigado a fazê-lo”.

Por outro lado, setores não ligados diretamente à Copa registraram queda no faturamento. Isso ocorreu devido aos diversos feriados em dias de jogos do Brasil, e pelo fato das pessoas irem mais cedo para casa, ou nem mesmo saírem delas, o que afetou por exemplo, o setor dos restaurantes. Mas em todas as Copas do Mundo é normal essa queda no comércio e toda economia passa por seus altos e baixos.

Mas os empreendedores inteligentes se anteciparam e souberam aproveitar a época de olho nos negócios futuros, e não apenas faturar mais nos dias de Copa. Através de reuniões e encontros com empresários estrangeiros, várias empresas aproveitaram para mostrar seus produtos e muitos fecharam negócios de exportação e distribuição. Isso é excelente para aumentar a visibilidade do país no exterior, pois existe forte correlação entre a imagem de um país e o número de investidores estrangeiros.

O Sebrae (Serviço de Apoio Brasileiro às Micro e Pequenas Empresas) criou em 2011 um projeto de preparação de empresas para o evento, e devido a isso as empresas filiadas ao projeto faturaram mais por terem se preparado para essa oportunidade, além de se tornarem mais competitivas, atentarem para a qualidade e para a sobrevivência no mercado, que se torna cada vez mais concorrencial.

Enfim, na “Copa do Empreendedorismo”, ainda que se tenha um longo caminho a percorrer, tivemos um resultado bastante positivo, para compensar a tristeza e a decepção da derrota dentro de campo.

 

Texto por: Alana Romano Silveira